Por Francisco Ferraz
A política é
onipresente nas relações sociais. Você não se livra dela na sua vida pessoal,
profissional e social. Na ”selva política” há todos os tipos de “animais”. Há
leões e raposas, como há serpentes, hienas e abutres. Há também uma farta
coleção de cordeiros. Com estes últimos, você não precisa se preocupar muito,
mas com os primeiros toda a atenção é pouca.
Não é tarefa fácil
sobreviver nesta selva. Também não é nada fácil impor seu poder e sua vontade,
em meio a tantos riscos e desafios. Sua primeira missão é, pois conhecer a
selva e os seus habitantes.
Todo o erro de avaliação neste meio tem um custo pesado. Se
você tratar um leão como raposa vai se dar mal, se você demorar em reconhecer
uma serpente, vai descobri-la pela mordida.
O que torna a vida nesta selva ainda mais
complicada, é o fato de que você, não pode desconhecer esta realidade, mas
também não pode defender-se dela, adotando uma atitude de crônica insegurança e
desconfiança. Esta atitude induz a timidez, à hesitação permanente e, em última
análise, à sua irrelevância política.
Não há saída. Você precisa conhecer a selva e tornar-se um
mestre na arte de avaliar as “feras” que nela habitam.
O político com uma aguda capacidade de observação e um
julgamento maduro e equilibrado decifra intenções, antecipa-se a surpresas,
surpreende manobras, conhece os pontos fortes e fracos, e sabe os limites das
pessoas com quem lida.