A política lida com um valor que é muito cobiçado: o poder.
No interior do mundo político encontram-se os poderosos,
pontos focais das atenções, dos agrados, da bajulação, da busca de acesso e
proximidade, tanto pela capacidade de usar seu poder para gratificar, escolher,
promover, prestigiar, como para prejudicar, perseguir, punir, excluir.
Para a maioria das pessoas — em todos os tempos e lugares
—, a bajulação, o elogio, a adulação são considerados o caminho mais curto e
seguro para chegar ao coração do poderoso.
A importância da função de governar, as responsabilidades
indelegáveis e os riscos pessoais e políticos do governante legitimam aquela
cobiçada condição superior além da correspondente deferência e respeito com que
são tratados.
A bajulação e a adulação são as caricaturas das atitudes
cívicas e viris de consideração, respeito e deferência para com a autoridade.
Por Francisco Ferraz
Por Francisco Ferraz