quinta-feira, 23 de abril de 2015

NUNCA OFENDA A PESSOA ERRADA


Por Francisco Ferraz

Muitos erros políticos, de grandes e graves consequências, poderiam ser evitados com um pouco mais de paciência, atenção e serenidade. Dentre esses, estão os erros desnecessários. É óbvio que todo o erro deve ser evitado, e que não há erro necessário. Entretanto, erros se cometem, é humano e inevitável, mais ainda numa campanha.

Há, pois, erros que decorrem de decisões estratégicas, nas quais, as desvantagens do erro são menores do que as vantagens possíveis do acerto. São situações em que o político se arrisca, ousa, e, eventualmente, paga o preço, ou recolhe os lucros da sua ousadia. Estes são erros "inevitáveis". Decorrem de uma decisão consciente de assumir um risco, com vistas a um benefício maior.

Existem outros erros, entretanto, que resultam da precipitação, do descuido, da inexperiência, e da própria incompetência. Estes erros podem e devem ser evitados. Eles não contêm aquele potencial de ganho que o erro, numa ação estratégica, possui.

Dentre estes últimos, ofender a pessoa errada é um dos mais comuns e de conseqüências mais danosas. Na atmosfera inquieta e nervosa da campanha, circulam muitas informações não confirmadas, transitam muitos boatos, e chegam-se a conclusões finais sobre pessoas, com muita precipitação.