quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O USO DO CARVÃO MINERAL TRAZ DIVERSOS RISCOS SOCIOAMBIENTAIS E PODE SE EXPANDIR NO BRASIL


Veja como atuar para impedir esse retrocesso:

O carvão mineral é um combustível fóssil, matéria-prima não renovável. Seu processo de extração devasta grandes áreas, polui solo e corpos d'água, e causa diversas mortes devido ao elevado risco ocupacional aos trabalhadores nas minas. Em seu transporte e queima, altos níveis de emissões são gerados, causando sérios problemas, como doenças respiratórias e danos ao sistema nervoso(principalmente em crianças, devido ao mercúrio); e contaminação de peixes. Após queimado, o carvão se transforma em cinza, resíduo que precisa ser estocado em imensos reservatórios.
Resumindo, o carvão mineral, que gera 40% da energia do mundo, é conhecido como o maior poluidor da atmosfera terrestre, a população chinesa que o diga. Responsável por 83% das emissões de dióxido de carbono desde 1990, ele já matou muita gente e segue essa tendência em razão de sua influência no desequilíbrio do efeito estufa. Em relatório recente do IPCC, o mais contundente até então, o painel do clima da ONU descreve em forma de alerta a urgência da necessidade de redução das emissões para manter as médias de aquecimento abaixo de 2°C após o início da era industrial.
No próximo dia 28 de novembro ocorrerá o Leilão A-5/2014, que vai servir como definição sobre quais empresas poderão expandir o potencial energético do Brasil a partir de 2019. No total, 1.115 projetos se inscreveram para o leilão - a maioria das iniciativas priorizou matrizes renováveis. No entanto, também ocorreram inscrições baseadas em matrizes não renováveis, dentre elas, dez iniciativas movidas a carvão mineral, com grandes possibilidades de serem contratadas.
Se você também é contrário à contratação de usinas termelétricas a carvão, assine a petição online, endereçada a membros do governo federal de nosso país e que solicita a exclusão da participação de projetos de termelétricas que utilizam carvão mineral.