Após cair de forma vertiginosa
nas pesquisas com a entrada de Marina Silva (PSB) na disputa, o senador tucano
consegue reação histórica e chega ao segundo turno da mais imprevisível eleição
das últimas décadas.
Há dez dias, em um voo entre o Rio de Janeiro e Uberaba, quando ainda aparecia
a dez pontos de Marina
Silva (PSB), Aécio
Neves (PSDB) fez duas
afirmações a ÉPOCA. A primeira: "Com 25% estarei no 2º turno", mesmo
índice que ele afirmava ser necessário para chegar à segunda fase da eleição
até minutos antes da morte de Eduardo Campos (PSB), quando a eleição
presidencial se tornou a mais imprevisível da história. A segunda: “Vou estar
no 2º turno. Tem de perguntar para ela (Marina) o que ela vai fazer”, disse ao
ser perguntado se apoiaria a candidata socialista contra Dilma Rousseff. Por
mais que parecesse improvável àquela altura, Aécio estava certo.
Após especializar-se em viradas históricas em Minas Gerais nos últimos
anos, tanto para o governo do estado quando para a prefeitura da capital, o
tucano consegue hoje a maior reviravolta em um 1º turno de eleições
presidenciais desde a redemocratização do país.
"Estamos apenas na metade da travessia e vamos
concluí-la com a mesma determinação", disse Aécio após a confirmação de
sua ida ao 2º turno. “A razão do nosso êxito foi a verdade.”